Entre boatos e verdades a troca de óleo causa muitas dúvidas entre os donos de automóveis. Vamos tentar aqui esclarecer a maioria dessas duvidas, desmentir boatos e reforçar algumas verdades.
Seguir as orientações do fabricante
Talvez as principais dúvidas sobre a troca de óleo é quando fazer e qual óleo usar. Nesse ponto é muito importante seguir as especificações do manual do seu carro. Deve-se seguir a quilometragem (ou tempo) e o tipo de lubrificante indicados pelo fabricante. O importante a se observar é o tipo de lubrificante e suas especificações, não a marca (a não ser que a sua garantia exija como acontece nos carros da Fiat por exemplo).
Tempo ou quilometragem?
Tempo ou quilometragem?
O óleo possui aditivos, que são compostos químicos, que ao serem colocados no motor entram em ação, ocorrendo reações químicas, independente do uso ou não do veículo. o que dá ao lubrificante uma certa validade. Mas deve-se levar em conta o tipo de uso do carro, o motorista que roda pouco, e em condições severas deve trocar por tempo (no máximo, a cada seis meses). Já aquele que roda a maior parte do tempo em rodovias, a troca pode ser feita por quilometragem. Consulte o que indica a montadora.
- O que são condições severas?
"Muitos motoristas acreditam que a rotina de ir e voltar para o trabalho, que fica perto de casa, é um tipo de uso leve do veículo. Engano. Esse é o típico regime severo, no qual o veículo roda por vias urbanas, em trânsito congestionado, em velocidade média abaixo de 60km/h e em percursos com menos de 15 minutos. Regime leve seria rodar a maior parte do tempo no trânsito livre e fluente, com velocidade média acima dos 60km/h e em percursos com mais de 15 minutos." ¹
Sempre troque o filtro de óleo
É comum o costume de trocar o filtro de óleo somente a cada duas trocas de óleo. Isso é um hábito que faz mal ao seu carro, por dois motivos: todo o óleo do motor passa pelo filtro milhares de vez ao longo de 5 mil km, o filtro utiliza papel (como um coador de café) como material filtrante, imagine a situação desse filtro ao fim da quilometragem indicada para a troca de óleo. Além do filtro perder parte da sua capacidade de filtragem, há tambem os resíduos e restos de óleo velho que ficam nele, o que te faz praticamente jogar fora todo o lubrificante novo que você acabou de comprar. Portanto troque o filtro a cada troca de óleo.
Sintético ou Mineral
Mais uma vez o indicado é seguir as especificações do manual. Alguns motores não tem problema com o uso de óleo mineral, já outros exigem o uso de óleo somente sintético. Consulte o manual e em caso de dúvida, consulte uma concessionária para saber se as informações do manual foram alteradas.
Nunca misture também os dois tipos. A mistura pode alterar as propriedades físicas do lubrificante, como a resistência térmica ou o volume, e acabar danificando o motor.
Baixar o nível, é normal?
É normal um certo consumo do óleo lubrificante, mas é importante observar excessos nesse consumo. Nos motores dos veículos da década de 1980, o normal é até 1 litro a cada 1 mil quilômetros. Nos dos carros dos anos 2000, no máximo de 300 ml a cada 1 mil quilômetros. Se observar algo acima disso procure um mecânico e veja se não há vazamentos ou queima do óleo.
¹ Remo Lucioli, especialista em lubrificação automotiva, da empresa Inforlub, em entrvista ao site Vrum.
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